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PENSAMENTO POSITIVO PROPORCIONA MOMENTO DE VITÓRIA

O Projeto Pensamento Positivo é um trabalho voluntário realizado por um grupo de pessoas de excelente astral, que dedicam parte de seu tempo para levar atenção, carinho e uma atividade elaborada e atrativa, com estímulos de atenção através do jogo, especificamente, para pacientes de hospitais.

Este trabalho começou com a psicóloga Eva Strum que, em uma das suas viagens a Israel, conheceu um jogo chamado Rummikub, criado na época da Segunda Guerra Mundial, para motivar os soldados israelenses a tomarem iniciativas perante situações adversas.

Ao conhecer a potencialidade do jogo, Eva decidiu utilizá-lo para distrair seu pai hospitalizado e percebeu que ele, ao vibrar com o Rummikub, se tornava positivo em relação aos problemas de saúde e começava a pensar que se podia ganhar no jogo, podia, também, vencer sua doença.

Com esse resultado, ela percebeu a oportunidade de favorecer outros doentes, com um movimento dentro de hospitais, para lhes dar confiança, levantar-lhes o astral e mostrar-lhes a força de suas mentes para enfrentar suas limitações e enfermidades. Decisão tomada, Eva idealizou e criou o Projeto Pensamento Positivo.

DEZ ANOS DE ATIVIDADE

No início, o Projeto Pensamento Positivo estava limitado a um único hospital, mas os resultados auspiciosos mostraram a necessidade de expandi-lo e fez com que Eva Strum colocasse anúncios em jornais, convocando pessoas para esse específico trabalho voluntário.

Hoje, conta com aproximadamente 77 pessoas, que exercem suas atividades voluntárias em 11 hospitais, divididos em grupos de 6 a 7,  que são designados para os locais de trabalho próximos de suas casas. Cada grupo tem um coordenador. Duas vezes por ano, todos se reúnem com Eva para prestar relatórios, trocar experiências, ouvir palestras e, principalmente, nos finais de ano, para um alegre encontro de comemorações festivas. Há, também, dois períodos de férias, julho e janeiro, sendo este último opcional.

COMO FUNCIONA O RUMMIKUB?

É um jogo com várias peças numeradas, de cores diferentes e um tabuleiro. O grupo utiliza, ainda, os jogos trazidos de Israel por Eva. Hoje a Grow os fabrica para o nosso mercado, mas os tabuleiros e as peças são maiores do que os originais, o que dificulta o trabalho em hospitais com pacientes acamados.

Cada jogador recebe algumas peças numeradas, de diversas cores, sendo que as demais ficam em um saco para serem retiradas conforme necessário. Ganha o jogo quem se livrar de todas as peças primeiro. Mas claro que há regras. P.ex.: um mínimo de três peças para começar, com seqüências de números da mesma cor ou números iguais. Há várias possíveis interferências nos jogos do outro competidor para criar outras seqüências e isso leva os jogadores a prestar muita atenção, exercitar a mente e descobrir novas e potenciais jogadas.

Os voluntários estão sempre em dupla: um joga com o paciente, ensinando-lhe e ajudando e o outro se coloca como adversário. A intenção é fazê-los perceber suas potencialidades para o jogo e daí encarar suas doenças ou incapacidades como mais uma vitória a ser alcançada.

É um exercício mental muito estimulante. As regras nos hospitais não são as mais rígidas, para não estressar os doentes, facilitar seu aprendizado e o estimular a participar.

VOLUNTÁRIOS

Tivemos o prazer de estar com quatro voluntários do Hospital Evaldo Foz, que dedicam todas as manhãs das quintas-feiras, das 10 às 11h30, para esse trabalho. Eles se dispuseram a nos relatar algumas de suas experiências e nos favorecer com uma demonstração do jogo junto a uma paciente.

Nesse hospital, os pacientes são selecionados pela assistente social Tereza Cristina Mamprim, uma grande entusiasta do trabalho, que tem uma repercussão muito boa, tanto entre o corpo médico como entre os internados. Segundo ela, quando acontece dos pacientes retornarem para dar continuidade ao tratamento, eles cobram a presença dos voluntários do Pensamento Positivo. “A atuação se faz mais necessária junto às pessoas que não têm visitas e ficam desoladas, é um deslumbre para eles ter a companhia do grupo para jogar. Eles vêm sempre bem dispostos e otimistas”, comentou Tereza Cristina.

“A assistente social faz a intermediação entre o grupo e a direção do hospital. A relação é muito boa e um grande incentivo para nós”, contou Guilherme Henrique Greifenhagen, coordenador da equipe naquele hospital.

 “Sou educadora, aposentei-me como diretora de escola e trabalhei um tempo na área da saúde.
A gente chega, oferece um jogo, rola um papinho muito leve e quando saímos, normalmente, o paciente já está com um brilho diferente no olhar. É um jogo fácil, mesmo os analfabetos aprendem na hora”, explicou Arlete Bonfim Kilzer. “Estava me fazendo falta este tipo de contato, levar alguma coisa para as pessoas e, principalmente, sentir que somos nós os contemplados. Estou nesta atividade há mais de cinco anos”.

“A gente chega aqui, vê o doente triste e o convidamos para jogar.
Eles têm que ganhar e quando ganham perguntam: - Vocês vêm amanhã?”

“É uma alegria e satisfação”, contou Anita Covelli de Souza, 79 anos e desde os 72 no projeto.  “Minhas filhas pedem para eu ficar em casa, mas eu adoro o que faço. Temos muito para viver. Não podemos ficar parados esperando a morte chegar, se arrependendo do que não fizemos. Nunca é tarde para começar”.

Guilherme também acrescentou: “Eu entro no hospital por volta das 7h da manhã, sozinho, e jogo com o pessoal da hemodiálise, há mais de 4 anos. A finalidade não é um torneio, é deixar o paciente com outro astral. Sei que os aposentados precisam ter uma atividade, uma ocupação e isto para mim, que sou aposentado, é uma ocupação”. Ele afirmou que aprende muito com esse trabalho, inclusive a se doar [dom peculiar da mulher]. “O clima de um hospital é duro e requer do voluntário calma, persistência e motivação”.

Para a psicóloga em fase de aposentadoria Maricy Ribeiro, que gosta do relacionamento humano, o trabalho no Pensamento Positivo significa uma continuação do seu trabalho em psicologia. “É uma maneira de continuar com aqueles conhecimentos e usufruir daquilo que fiz a vida inteira”, explicou. Maricy, há 4 anos no Evaldo Foz, já passou também pelo Hospital Brigadeiro e faz outros trabalhos voluntários, todos abordando essa parte psicológica. Ela lembrou que alguns pacientes não jogam porque a religião não permite. “Nesses casos, procuramos apenas conversar, pois a necessidade deles naquele momento é de alguém que os ouça. E, quem não precisa ser ouvido, não é?”.

A equipe de reportagem do Jornal Maturidades agradece os voluntários que nos disponibilizaram seu tempo e a Assistente Social Tereza Cristina, que nos facilitou a oportunidade de observar o trabalho do grupo.

Os voluntários do Pensamento Positivo estão todas as quintas nos seguintes hospitais: Santa Mônica, Nossa Senhora de Lourdes, Evaldo Foz, Sepaco, Bandeirantes, Brigadeiro, Vila Mariana [FOCCUS], Santa Cecília, Samaritano e Cruz Azul. Se você quer participar de um dos grupos, ligue para: (11) 3667-7685 e fale com Eva Strum.

Entrevista e Texto: Célia Gennari e Ignez Ribeiro
Fotos: Célia Gennari

 

 
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