Querida e saudosa amiga Thereza
Thereza, embora você tenha passado para o outro lado do caminho, o nosso coração está alegre, porque fizestes parte do nosso convívio durante 19 anos.
A sua generosidade sempre foi uma constante, os gestos de solidariedade e os momentos que compartilhamos sempre ficarão em nossas lembranças.
Você sorria pouco, mas com o coração e com a alma.
O seu modo de agir e proceder sempre nos impressionaram.
Com seu jeito humilde de ver a vida, sabia transformar as coisas boas e torná-las ainda melhor.
Com pequenos gestos e à sua maneira você conquistou a cada uma de nós, com uma flor, um poema, um sorriso, um olhar, uma lágrima e porque não até com um Livro de Receitas.
Desejamos que o vento sopre leve em seus ombros, que o sol brilhe cálido sobre o seu rosto, e até que de novo possamos nos reencontrar. Que Deus te proteja e te guarde na palma de Sua Mão, por toda a eternidade.
Thereza amiga, que você seja sempre nosso exemplo de mansidão.
Obrigada por ter feito parte da nossa existência como companheira e amiga de todos os momentos.
Guardaremos tudo isso com muito carinho em nossos corações.
Essa é a mensagem que gostaríamos que você levasse consigo para a Vida Eterna.
Amigas da 4ª fase A
da Universidade Aberta a Maturidade PUC-SP
Duas amigas partem num dia só!
Quando a gente se propõe a lecionar para maturidade ganha muito mais do que alunos, ganha amigos, mas sobretudo professores de vida. Muito mais do que ensinar, a gente aprende. E quando um desses alunos se vai não fica só a lacuna na lista de chamada, mas dentro do nosso coração. No dia 12 de maio passado perdi duas queridas alunas, duas amigas e confidentes. Coincidentemente duas Terezas: a Mutarelli Paladino da Turma IV-A e a outra Therezinha, a Novaes, da turma IV-H.
Quantos momentos bons passamos juntas! Não só em sala de aula, mas nos corredores, no café, nos banheiros da PUC ou durante as viagens para Paraíso, das quais participaram bem mais do que uma vez. Compartilhamos também momentos importantes da minha vida: a perda do meu avô, minha separação, a morte dos meus pais, o crescimento das minhas filhas e a chegada, ou quase, da minha neta.
Convivi por mais tempo e com maior frequência com a Tereza, que cedeu durante bastante tempo sua casa para a reunião do Grupo de Estudos que coordeno e o salão de festa para o curso de férias que promovemos no início deste ano, os professores Nivaldo, Maria Isabel e eu. O que mais ficou em mim ao pensar na Tereza foi a sua generosidade e a sua luta para que as pessoas acordassem para as possibilidades de crescimento que a vida sempre nos oferece, mas a gente nem sempre enxerga e/ ou tem coragem de aceitar e enfrentar.
Certa vez, em uma das viagens, a Therezinha ficou hospedada em minha casa juntamente com as alunas-irmãs Alba, Albanita e Albaniza. Lembro bem da alegria da vovó ao recebê-las e da Therezinha que dormiu no meu quarto e se perdeu durante a noite, sem saber como reencontrá-lo. Era admirável sua dedicação à política, amiga e admiradora do Brizola, sempre viajando para participar das convenções de seu partido. Quando a gente se encontrava era sempre divertido. Ela, com seu sotaque carregado, tinha sempre um assunto interessante pra gente conversar.
O que nós, que conhecemos, convivemos e aprendemos tanto com elas fazemos com a saudade que sentimos dessas nossas duas Terezas? Transformamos a lembrança do sorriso delas em força, incentivo, para ajudarmos o mundo a se tornar lugar melhor. Mais aconchegante e saboroso como as coisas lindas e gostosas que a Thereza fazia, mais justo e equalitário como a Therezinha tanto queria. Sou uma pessoa mais triste com a perda dessas minhas amigas, mas muito agradecida a Deus por ter tido o privilégio de conviver com elas.
Profª Dra. Alda Ribeiro
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