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Livros

DUEÑAS, María. O Tempo entre Costuras

Tradução: Sandra Martha Dolinsky
São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010

A escritora espanhola, María Dueñas, não esperava o sucesso que ela alcançou, quando lançou o seu livro O tempo entre costuras, em 2009. Seu estilo cheio de imaginação e delicadeza combina fatos e personagens reais e fictícios. O resultado é que hoje ela é procurada pelas maiores editoras do mundo.

Ela soube fazer um apanhado da real situação da Espanha pouco antes da Guerra Civil (1936-1939), da vida no Marrocos na parte ocupada pelos espanhóis e da Europa, prestes a entrar na 2ª Guerra Mundial.

A protagonista, Sira Quiroga, moça pobre e pacata, aprendeu a costurar no atelier de alta costura, onde trabalhava sua mãe. Ela recebe uma herança e se torna uma presa fácil para um aventureiro astuto e malandro, que está de olho no dinheiro dela. Para ser mais fácil enganá-la, ele a leva para a cidade exótica e vibrante de Tanger, no Marrocos, e gasta em jogo e noitadas todo o dinheiro dela. Ele a larga sozinha, grávida e cheia de dívidas e desaparece.

Ela se muda para Tetuan, capital do Protetorado espanhol, no Marrocos, onde ela encontra umas pessoas de reputação duvidosa que a ajudam a se virar na vida. Ela acaba abrindo um ateliê de alta costura, frequentado por senhoras, amigas e amantes de altos funcionários da cidade e se vê envolvida em uma trama de fofocas e espionagem.

Aí ela conhece o primeiro ministro de Assuntos Exteriores da Espanha franquista, sua amante Rosalind Fox e o adido naval Alan Hillgarth, chefe da inteligência britânica na época da 2ª Guerra, por quem ela se apaixona.

Os três levam-na de volta para Espanha onde ela se envolve numa rede de espionagem através de sua profissão de alta costura. Ela frequenta lugares sofisticados, grandes hotéis, finos restaurantes onde ela ajuda seus amigos em conspirações políticas e missões de serviços secretos, ainda demonstrando amor e lealdade àqueles que confiam nela.

É um romance vibrante e cheio de suspense, além do valor histórico de suas descrições.

Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br
 


BRANDÃO, Ignácio de Loyola. RUTH CARDOSO - Fragmentos de uma vida
São Paulo: Globo, 2010.

"Os fragmentos da vida de Ruth Cardoso, iluminados pelo talento narrativo de Ignácio de Loyola Brandão, têm a beleza de um vitral", escreveu Rosiska Darcy de Oliveira, uma de suas grandes amigas e companheira de jornada.

Nascida em Araraquara, essa mulher de múltiplas qualidades, professora, catedrática, doutora, pesquisadora, antropóloga, primeira-dama e acima de tudo mãe, avó e dona de casa, deixou um admirável legado de capacidade profissional, dignidade, humanidade, simplicidade e brasilidade.

Vale conferir.

Albanita de Paiva


Filmes

Titulo original:Volver (Voltar, voltar a um lugar)
Diretor e roteirista: Pedro Almodóvar
Gênero: Drama
Produção: 2006 – Espanha, pelos estúdios Canal+ España / El Deseo SA / TVE / Ministério Espanhol da Cultura e distribuído pela Sony Pictures
Elenco: Penélope Cruz ( Raimunda), Carmen Maura (Irene), Lola Dueñas (Sole), Blanca Portillo ( Agustina), Yohana Cobo (Paula), Chus Lampreave ( tia Paula), Antonio de la Torre (Paco), Carlos Blanco (Emilio)

Segundo as próprias palavras de Almodóvar, Volver é um filme sobre três gerações de mulheres que sobrevivem a várias adversidades, inclusive, a morte. Mulheres focadas como fortes, trabalhadoras, independentes e corajosas.

O filme vai se desenvolvendo sem que o espectador saiba exatamente como será o seu desfecho. Ao final há revelações surpreendentes que jamais poderíamos imaginar.

O que mais eu adoro nos filmes de Almodóvar são seus exageros e seu olhar carinhoso para com o feminino.

Volver é pura emoção, virtude e beleza…

Sueli Carrasco
sueli.carrasco@uol.com.br


Titulo original: Mao´s Last Dancer
Diretor: Bruce Beresford
Gênero: Biografia, Drama, Musical e Romance
Roteiro: Jan Sardi e Cunxin Li
Origem: Austrália
Distribuidora: Califórnia Filmes
Ano: 2009

 

Este filme foi inspirado na autobiografia do dançarino Li Cunxin, nascido num vilarejo muito pobre da China e hoje em dia vivendo com a esposa e filhos na Austrália. A história é dirigida por Bruce Beresford, conhecido por ter dirigido outros filmes de grande sucesso.

Esta narrativa tem a trajetória de realização pessoal, mas também de renúncias e conflitos. Como se passa em tempo de Guerra Fria, tem também uma visível comparação (ou será propaganda?) entre a vida nos países comunistas e aquela nos países capitalistas, principalmente nos EUA, onde tudo é grandioso, tudo é permitido e, para ele, tudo é inimaginável.

O menino Li Cunxin foi retirado de sua escola do interior da China e mandado para uma famosa escola de dança em Pequim. Lá se vê, nitidamente, a política bem marcada da esposa de Mao Tse Tung, Chiang Ching. Quando ela assiste a um balé clássico, exige o apelo à revolução e às armas, e ordena que a arte seja politizada.

Um pouquinho maior, o menino dançarino ganha uma bolsa para ir dançar em Houston, no Texas, num programa de intercâmbio. É o grande sonho de visitar a América. Lá, ele se encanta com tudo, deslumbra-se com tudo, assusta-se até com a liberdade de expressão dos americanos.

É lá também que ele se torna famoso mundialmente. Não gratuitamente! Ele tem que renunciar à sua família, seu país. Tem que fazer muitos sacrifícios. Tem pesadelos. Teme pelos seus. Enfim, quando pede asilo político, como fizeram Baryshnikov e outros dançarinos famosos, ele é ameaçado, preso, torturado mentalmente, até conseguir sua permanência. Mesmo durante seus tempos de glória, ele nunca teve sossego pensando em seus pais e irmãos que ele nunca poderia encontrar novamente.

Ele casou duas vezes. O primeiro casamento não deu certo devido a grandes diferenças entre as duas culturas. O segundo foi com uma bailarina, anos depois de sua chegada aos EUA, quando ele já estava mais acostumado com o modo de vida norte-americano.

O ator Chi Cao faz uma excelente interpretação do jovem bailarino. Mostra como ele vai vencendo aos poucos a timidez e vai desabrochando gradativamente, até se tornar uma referência no mundo da dança. O mais surpreendente é que os pais do ator Chi Cao foram os professores de Li Cunxin na Academia de Dança de Pequim. Por este motivo, o próprio Cunxim escolheu o Cao para interpretá-lo, dando mais autenticidade ao filme.

Além da parte sentimental bem sóbria, o sucesso e a superação, o filme vale a pena ser visto pelos maravilhosos balés ali mostrados.

Bom entretenimento!

Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br 



 
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