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O azeite de oliva   Alfajor


Alfajor

Nome comum a diversos tipos e formatos de doces feitos na Espanha e na América Latina, o “Alfajor” é na realidade um invento antiqüíssimo dos árabes.

Nasceu em Medina Sidonia, na Andaluzia, em meados de 711 e trazido para a Espanha durante a dominação muçulmana, já com o nome de “alfajor” ou “alfachor”. Era conhecido originalmente como “al hasú” que em árabe, quer dizer recheado, habitualmente composto de dois ou três discos pequenos de uma massa especial, grudados entre si por doce de leite ou geléia e banhados de um glacê especial. Ele passou em seguida a se chamar “alaju” e ganhou várias regiões, as vezes com formatos ou recheios diferentes, mas sempre com a mesma base, razão pela qual ele continuou com o mesmo nome.


As primeiras referências de sua presença na América Latina foram na Venezuela e no Peru, onde era servido como refeição aos exércitos espanhóis.

Mais tarde, chegou à Bacia da Prata, provavelmente trazido pelos imigrantes andaluzes e, portanto se assemelha a muitos outros produtos da cozinha árabe.

Na região de Valverde era também comparado à hóstia distribuída durante a missa.

Têm contribuído à sua fama as “alfajoreiras”, mulheres de Valverde que os levariam a festas e romarias da região com outros doces; passavam pela Feira de Sevilha e terminavam, na época de Todos os Santos, na Feira de Niebla. Os melhores cantores mencionavam essa delícia em suas músicas românticas.

O Alfajor pode ainda ser encontrado, sob diversas formas e acabamentos, nas regiões do Equador, Paraguai, Chile, México etc... mas principalmente no Uruguai e na Argentina. Apesar de não ser um produto de primeira necessidade, fala-se brincando que os consumidores de Mar del Plata são até capazes de levantar-se da cama à noite para procurar e consumi-lo. No aeroporto do balneário há uma lojinha fornecendo esta delícia até a meia-noite e a caminho do centro um supermercado aberto durante 24h para fornecê-lo.

O mercado de alfajores em Mar del Plata é muito disputado entre várias marcas. Assim como a carne, o couro e a lã, se tornou uma instituição nacional. Ele sobreviveu às crises econômicas críticas e também aos rigorosos regimes de emagrecimento das mulheres de lá.

Na Argentina também ele está tão presente e famoso como o pão de queijo brasileiro, e motivo de orgulho nacional.

O pioneiro na confecção deste doce, na Argentina, foi Dr. Augusto Chammas (químico francês) em 1869. Ele acabou se transformando no doce mais tradicional do país. A qualquer hora e em qualquer bairro, tem sempre um café aberto servindo esta guloseima. É costume pedir para os viajantes retornarem trazendo alfajores “Traé alfajores” diz a tradição.

Foi exportado com grande sucesso para regiões de cultura diferente como para Europa ou Estados Unidos, onde ele se mantém como produto meio artesanal e meio industrializado.

Chegou mesmo a sofrer com a grande crise econômica argentina em 2001, quando os dirigentes tiveram que ir à televisão, provar que não tinha diminuído de tamanho.

Hoje em dia, aqui no Brasil, é fácil encontrar esta delícia em prateleiras de supermercados e casas de doce, embrulhado com grande capricho para dar-lhe uma aparência chique e grã-fina. E muitas lojas de diversas marcas do produto estão proliferando.

Bom proveito!!!


Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br


Fonte: Adaptado do Wickipédia e do Jornal de Cafeicultura

 

 
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