Champanhe, a bebida, nasceu na província de Champagne, na França que, apesar de seu passado triste, soube transformar este vinho especial em símbolo de festa, glamour, sofisticação, elegância.
Região de muitos conflitos, desde o tempo de Átila até as duas grandes guerras, Champagne enfrentou muitas batalhas sangrentas. Por volta de 496, após vencer uma batalha considerada quase perdida, o chefe francês Clovis foi celebrar a vitória tomando Champanhe, que naquela época ainda não tinha borbulhas e era vermelho e turvo. Assim nascia o costume de celebrar os acontecimentos festivos, tomando champanhe.
Um personagem importante na trajetória desta famosa bebida foi o monge beneditino Dom Perignon, considerado o inventor da aparência atual desta bebida. Foi ele que criou as bolhas espumantes das quais paradoxalmente ele tentava se livrar.
Ele notou que alguns vinhos fermentavam e faziam estourar a rolha. Resolveu usar garrafas mais resistentes e amarrar as rolhas com arame. Isso provocou a segunda fermentação, responsável pelas borbulhas. O monge, ao experimentar esta bebida efervescente, exclamou: “Estou bebendo estrelas!” Seu nome foi emprestado por um dos maiores produtores da região. Outros nomes famosos da região: Veuve Clicquot, Veuve Pommery e Veuve Laurent-Perrier. As mulheres conseguiram, após a morte de seus maridos, tocar adiante suas vinícolas, confirmando a tradição festiva do Champanhe.
Também se atribui a Dom Perignon a invenção das misturas, "assemblage". Cada garrafa é feita a partir de cerca de 30 vinhos originais. Por esse motivo, e pela variedade dos vinhos, costuma-se não colocar o ano da safra no mesmo.
Quase no mundo inteiro, a tradição se mantém, em ocasiões especiais – aniversários, casamentos, fim de ano - estourar champanhe bem gelado e combinando com pratos finos e deliciosos.
Só nos resta festejar, festejar, festejar!
Tchin, Tchin. Saúde!