Jerez: vinho da maturidade
Uma das jóias mais preciosas do reino espanhol, o vinho Jerez, Xeres ou Sherry, é produzido na região de Jerez de la Frontera, província de Cádiz, sudeste da Andaluzia, sul da Espanha.
Um pouco de sua história:
As primeiras notícias que se têm sobre ele é que os vinhedos foram plantados, na região, pelos fenícios, informação confirmada por vários historiadores. Por lá também passaram gregos, cartagineses, romanos e povos vândalos, que quase destruíram todas as vinhas. Só quando a província foi ocupada pelos árabes é que o cultivo prosseguiu e o consumo de Jerez se manteve apesar da proibição do Corão, escritura sagrada islâmica que proíbe bebida alcoólica.
No ano de 966 o califa Alhajen decidiu arrancar todos os vinhedos jerezanos alegando que das uvas faria passas para os seus guerreiros. Os habitantes da região lutaram ferozmente, para que isso não ocorresse, então o generoso mandatário aplicou a pena somente para um terço dos vinhedos.
Há ainda quem afirme que a palavra Jerez provém do árabe sherish.
A dominação moura foi muito importante para a formação cultural da região, tendo herdado a população atual costumes, monumentos e músicas populares.
O Jerez é um vinho fortificado, nele é adicionada aguardente vínica, após a fermentação ser concluída. Seu paladar e aroma inigualáveis devem-se ao tipo de uva, solo e envelhecimento por sistema de solera. Existem oito tipos de vinho Jerez: Fino, Manzanilla, Amontillado, Oloroso, Palo Cortado, Palo Cream, Pedro Ximenes e Cream.
Por sua versatilidade, ele pode ser servido como aperitivo, acompanhando alimentos e faz um casamento perfeito com as mais variadas sobremesas.
Jerez, agregador social, companheiro singular, por toda sua potencialidade é considerado o vinho da maturidade.
Sueli Carrasco
sueli.carrasco@uol.com.br