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A professora que virou empresária

Maria Lúcia Mazzola, 70, aluna da UAM/PUC-SP desde 2006, esbanja simpatia, alegria de viver e muita energia para implementar suas várias atividades. Gosta que seus amigos a tratem por Luci e entre seus vários relacionamentos profissionais é chamada de Mazzola.

Foi professora e lecionou muito tempo como substituta. Durante esse período, como não tinha muito interesse em continuar nessa atividade, interessou-se em participar da organização dos eventos escolares. Pegou gosto pela área e logo descobriu uma nova possibilidade profissional. Fundou a ASSERGE, uma empresa de eventos que está no mercado há uns bons 37 anos.

Nesse meio tempo, formou-se em Direito e atuou, durante 5 anos, em empresa metalúrgica. Decepcionada com a advocacia empresarial, mas ainda advogando, deu mais ênfase às atividades com eventos. Não parou por aí e ingressou na área de turismo, como diretora da GATTI Turismo, por 5 anos, atuando no universo das agências de viagem.

Como não podia deixar de ser, teve sua primeira Agência de Turismo, na badalada Avenida São Luiz, na época um referencial de bom gosto da capital paulista,. Empreendedora, inovou ao oferecer um diferencial nos trabalhos como agente da área, ao levar jornalistas para conhecerem pontos turísticos relevantes e os tornar mais conhecidos e rentáveis.

Inquieta e centrada nas coisas que ela considera certas e oportunas, concluiu que o turismo já não a atraía e não satisfazia seus anseios. Continuou advogando e criou a ASSERGE Gastronomia, diversificando suas atividades.

No setor, conquistou a área dos lançamentos de grandes empreendimentos imobiliários e por quase 12 anos trabalhou com a Alcântara Machado, renomada empresa de evento. Ficou conhecida como a Maria Lúcia da Alcântara Machado, e teve oportunidade de participar de grandes eventos internacionais.

Cresceu e aprendeu muito com essas atividades. Depois dos quase 12 anos, ativa e experiente, percebeu que não valia a pena trabalhar com exclusividade. Continuou com os eventos, mas ampliou sua carta de clientes. Especializou-se no atendimento à área das telecomunicações.

Atualmente transferiu o comando de suas empresas para sua filha Paquisa, 30, publicitária, formada pela FAAP, muito dinâmica e excelente profissional. “A ASSERGE está em boas mãos e minha filha me surpreende pela sua criatividade”, comenta Maria Lucia.

Maria Lucia casou-se em 1975 com Renato, permanecendo juntos por 15 anos, quando se separou. Tem dois filhos: Renato, 33, economista do BID e ex-aluno da PUC, que mora em Washington [USA] e Paquisa, publicitária e empresária bem-sucedida, referida no parágrafo acima. Maria Lúcia é uma mãe muito orgulhosa de seus filhos.

Aos 87 anos, Renato, o ex-marido, ficou doente, com câncer e precisou de cuidados especiais. Maria Lúcia não teve dúvidas em acolhe-lo em sua casa, cuidando dele por 2 anos. Nessa época afastou-se do trabalho e teve a grata satisfação de entrar para a UAM, onde soube que uma outra aluna da faculdade, Sônia Mazzola, filha do seu ex-marido, queria conhecê-la. São os mistérios da cronicidade do Universo. Foi na PUC o primeiro encontro delas.

A fase da PUC é muito especial e deu a Maria Lucia condições de sustentação para se preparar para a aposentadoria. Além do curso regular, ela frequenta as aulas de espanhol, e se dedica, também, ao italiano. Não há como não amar esta nova fase em que a PUC lhe propicia momentos agradáveis e de reflexão, ao abrir espaço para novos conhecimentos e novas amizades.

Muito envolvida em momentos profissionais, deixou de viajar e desenvolver uma vida social mais intensa. Agora pode resgatar estas atividades, o tempo de lazer e usufruto das prioridades que a aposentadoria lhe permite.

Para ela, o grande problema do idoso é a depressão e a dependência. E o fator preponderante do equilíbrio emocional dos mais idosos é ter sua experiência de vida respeitada, primeiramente pela família e, como consequência, pela sociedade.

Consciente de que os mais idosos têm de priorizar a convivência e o usufruto das coisas boas da vida, Maria Lucia vai à academia pela manhã e divide as tardes entre a PUC e atividades filantrópicas. Entre uma atividade e outra adora ir ao CEASA, comprar flores para enfeitar a casa e ir à Rua José Paulino para umas comprinhas descompromissadas. Ainda encontra tempo para, aos sábados, atuar junto à Igreja Dom Bosco, do Alto da Lapa, no atendimento do café da manhã das pessoas carentes, do qual é coordenadora. E aos domingos participa da missa dentro do condomínio onde reside. Beneficiar-se da companhia das amigas é outro programa de domingo à tarde que muito lhe agrada.

Faz parte do cotidiano de Maria Lucia Mazzola sempre agradecer a Deus pela oportunidade de fazer trabalhos voluntários e reconhece na doação um momento de crescimento. Ela avalia que, para seu próprio benefício, todo o idoso deve se comprometer com um trabalho voluntário, dentro das suas possibilidades de saúde e disponibilidade de tempo.

 

MARIA LUCIA POR ELA MESMA

JM – Quem é Maria Lucia?

Maria Lucia Mazzola – Uma pessoa muito ativa.

JM – O que significa a filantropia na sua vida?

Maria Lucia – Já lecionei em lugares pobres e sempre gostei da filantropia. Desde os 18 anos faço trabalhos assim. Hoje participo também da Pastoral da Criança. Esse trabalho me preenche a alma. Desde 2006 me dedico exclusivamente às obras assistenciais.

JM – Casamento?

Maria Lucia – Fui a terceira mulher do Renato. Casei em 1975 e me separei depois de 15 anos. Para mim, o amor é como Vinicius de Moraes escreveu: “bom enquanto dura”.

JM – O que a Universidade Aberta faz pelas pessoas?

Maria Lucia – A universidade serve para nos atualizar e fazermos amizades dentro da nossa faixa etária.

JM – Aposentadoria?

Maria Lucia – Fui me preparando junto à PUC. Foi na PUC que recebi a sustentação necessária para esse momento.

JM – Qual o problema do idoso hoje?

Maria Lucia – Tenho pena das pessoas idosas. O grande problema do idoso é a depressão e outra coisa ruim para o idoso é a dependência e a discriminação dos mais jovens.

JM – Como está Maria Lucia agora?

Maria Lucia – Estou muito feliz, realizada, amo a PUC e tenho várias amizades por lá.

Entrevista e Texto:
Ignez Ribeiro
ignisignis@uol.com.br
Célia Gennari
csgennari@gmail.com

Fotos:
Célia Gennari

 
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