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92 ANOS E NA ATIVA

Cerca de 100 alunos participam da aula do Prof. Aymoré Ferreira [CREF 043765-P/SP]. A repórter Célia Gennari foi conferir de perto o que ele voluntariamente faz por essas pessoas do Clube Escola Tiquatira, localizado na Zona Leste de São Paulo. E Ignez Ribeiro conversou com ele e sua mulher por telefone para relembrar alguns bons momentos de UATI-PUCSP.

Por Célia Gennari

Coincidências à parte, fui entrevistar o Prof Aymoré Ferreira para a Revista CREF de São Paulo, sobre o trabalho que ele desenvolve com a terceira idade da Zona Leste e, durante nossa conversa, percebi o quanto ele era notável, que era ex-aluno da UATI-PUCSP e, ainda, que tinha um livro escrito com a colaboração da médica Profª Alda Ribeiro. Claro que ele não podia ficar fora do nosso Jornal.

Acordei cedo e atravessei a cidade para encontrar o Sr. Aymoré na “Farmácia do Aymoré”, local onde ele trabalhou por 40 anos, e que hoje é administrada pelo seu filho Claudio, que me recepcionou. Aymoré chegou logo em seguida, com seu andar calmo. Cumprimentamo-nos calorosamente, como se já nos conhecêssemos e nos dirigimos ao Clube Escola, onde ele daria uma aula, a última do ano de 2009, especialmente para nossas fotos, feitas pelo fotógrafo César Viégas, que me acompanhou neste trabalho.

Encontramos alguns alunos pelo clube, que o recepcionavam com muito carinho e respeito. Fui sentindo o clima daquela manhã especial. Logo na porta do salão onde a aula acontece, ele me mostrou os livros que deixa à disposição dos alunos para empréstimo por um simbólico preço de R$ 5,00. Ele garante que a leitura de coisas boas é extremamente importante para o trabalho que ele desenvolve com o corpo e com a mente dos seus alunos.

Era o último dia de aula, dia da confraternização e muitos já estavam em férias. Aos poucos, mas dentro da hora marcada, a movimentação para a aula começou. Parece que todos já sabem o que devem fazer e como se posicionar. São alunos disciplinados e contam com o auxílio de duas alunas antigas do Prof. Aymoré, Renilde Siciliano e
Delvia Priscila Polli Rezende, que o auxiliam, fazendo chamada, matrícula e tirando dúvidas dos alunos.

Prof. Aymoré, sempre em companhia de sua esposa Tereza Barducco Palmeiro, que também é sua aluna, dá atenção a todos que pode, mas quando todos estão a postos, a aula começa com 10 a 20 minutos de palavras e mensagens que têm por objetivo trabalhar primeiro o emocional e acalmar a mente, fazendo com que os alunos se concentrem apenas em seus corpos e nada mais.

Ele denominou o seu trabalho com esse grupo de Ginástica Psicossomática. Parte do princípio que “a respiração é o principal”, pois segundo ele “é a primeira e a última coisa que o ser humano faz em sua vida”.

Com a indicação do Prof. Aymoré, seus alunos vão fazendo movimentos suaves com as articulações, acompanhados sempre de momentos específicos de respiração, seguidos de contração muscular, relaxamento e alongamento. Ou seja, seguindo o pensamento de Sócrates, “Conhece -te a ti mesmo”, ele leva seus alunos a um mergulho interior físico, mental e espiritual. O resultado só pode ser positivo.

Para ele, a Terceira Idade está doente de tanto tomar remédio. Mas a pior doença é a que vem da solidão, da angústia, da tristeza, da mágoa, da raiva e da saudade do passado. Suas aulas estão voltadas para um público seleto, a Terceira Idade, ou pessoas com doenças emocionais crônicas. E pelo que conversei com alguns de seus alunos, sua aula surte efeito e dá resultados.


RESULTADOS POSITIVOS

Anna Vitkauskas, 72 anos, chegou ao grupo dizendo que não conseguia fazer ginástica deitada. Em 4 anos ela garante que melhorou 100% de suas dores nas costas, causadas por artrose, osteoporose e hérnia de disco, e que aumentou 1 cm. Ela até participou do CD elaborado pelo professor.

 

Delvia Priscila Polli Rezende, 50 anos, com o Prof. Aymoré há 10 anos, garante que muitos que chegam doentes estão bem melhores depois das aulas. “E, olhando para ele, do que vamos reclamar? Ele é nosso exemplo de bem viver!”

 

A psicóloga clínica e psicanalista, Rejane Maria Paganini, garante que o Prof. Aymoré ensina as pessoas a se amarem. “Aprendo muito com ele e levo para meus pacientes”. Há 3 anos com ele, o primeiro contato da psicóloga foi para levar sua mãe, mas foi ela que acabou ficando no grupo. “Ele ajuda, com seus ensinamentos a evitarmos a somatização dos nossos problemas. O que aprendo com ele, a faculdade demorou a me ensinar”.


O farmacêutico Aymoré Ferreira, nascido no dia 20 de março de 1918, aposentou-se em 1975. Participou da Faculdade Aberta à Terceira Idade da PUCSP e em seguida foi para a Faculdade São Judas Tadeu estudar Filosofia. Como “Pharmacêutico” e “Curandeiro”, fazia remédios exclusivos. Na atividade física, ele iniciou seguindo as orientações dos médicos, simplesmente. Está a 5 anos dando aula no Clube Escola Taquatira.

“Não somos répteis que andam arrastando a barriga, não somos pássaros que vivem voando, não somos cavalos, que estão de quatro, abanando o rabo no pasto. Somos criaturas importantes, criadas por um ato de amor, para amarmos e sermos amados”.  Aymoré Ferreira

“Conheci o Aymoré em março de 1995, quando ele e sua esposa Tereza Barducco Palmeiro, matricularam-se na UATI – PUC – SP, hoje UAM. O que me chamou a atenção foi sua presença marcante e participativa. Tereza, sempre ao seu lado, semblante suave, discreta e simpática. Não fazíamos parte da mesma classe, mas era fácil reconhecer os novos alunos e Aymoré não passava despercebido, cheio de vida e energia, relacionava-se e interagia facilmente com todos. Foi na PUC que conheceram a Profª Alda Ribeiro, que se tornou grande amiga, incentivadora e colaboradora deste homem, que como ela mesma diz: “... não ficou assistindo passivamente a vida passar...”.
Aymoré escreveu um livro: “A humanidade na Contramão”, onde fala de sua história, sua vida e como chegou ao desenvolvimento da “Ginástica Psicossomática”, que é muito bem apresentada no livro, e que tantos benefícios têm trazido ao seu grande grupo de alunos”. 


Ignez Ribeiro

Nota: Para saber mais sobre a vida do Sr. Aymoré Ferreira, leia em Resenhas Ferreira, Aymoré. A Humanidade na Contramão.  Paraisópolis – MG. IARG

Reportagem:
Célia Gennari csgennari@gmail.com
Ignez Ribeiro ignisignis@uol.com.br


Fotos:
César Viégas cvviegas@terra.com.br



 
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