Livros
SHIN, Kyung-sook
Por favor, cuide da mamãe
Tradução de Flávia Rossler
Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011.
A escritora, uma das mais lidas e aclamadas da Coréia do Sul, conta a história de Park So-nyo, moradora de uma aldeia no interior da Coréia e mãe de cinco filhos já crescidos. Ao visitá-los em Seul, ela se perde do marido e nunca mais foi encontrada. Esse trágico episódio leva marido e filhos a relembrar a vida de Park, uma simples mulher que ninguém nunca conheceu de verdade.
Nilde Tavares
tnilde@yahoo.com.br
ARNTZ, William, CHASSE, Betsy e VICENTE, Mark
Quem somos nós? – A descoberta das infinitas possibilidades de alterar a realidade diária
Tradução de Doralice Lima
Rio de Janeiro: Prestígio Editorial, 2007.
Título e subtítulo instigantes. Alterar a realidade diária? Bem, se o Universo é tão incontrolável e imprevisível, tão cheio de possibilidades, por que os pensamentos sobre nossas vidas são tão limitados?
Quem somos nós? É um livro surpreendente de ciência. Com a ajuda de inúmeros pesquisadores somos conduzidos, através da física quântica, para dentro de um universo que é vivo, pulsante e admirável. Esta é uma verdadeira viagem em busca de um viver melhor!
Nilde Tavares
tnilde@yahoo.com.br
Filme
CARLIN, John
Invictus - Conquistando o Inimigo (Playing the Enemy)
Tradução: Teresa Carneiro (2009)
Rio de Janeiro: Editor Sextante / Gmt (2008)
O autor, John Carlin, é inglês e foi mandado pelo jornal onde ele trabalhava para a África do Sul. Era durante a época da apartheid. Ele conviveu com o povo, acompanhou seus problemas e grande admirador do personagem principal desta historia, resolveu escrever este livro.
A história conta o processo de libertação do ex-presidente Nelson Mandela, desde os tempos de cadeia (27 anos) até a sua chegada ao poder que durou 10 anos. Nestes dias foi homenageado por seus 94 anos.
É uma pessoa muito reta, digna e consciente. Conseguiu inspirar respeito e admiração mesmo durante seus anos de reclusão. Levava uma vida bem regrada e sempre cumpriu as suas propostas. Muitos até o comparavam ao Mahatma Gandhi, porque também conseguiu impor a paz entre os cidadãos sul-africanos, tanto brancos como pretos, sem recorrer às armas.
O processo de transformação do ódio em união nacional, empreendido por ele, é impressionante. Seria mais fácil ele assumir o poder através das armas e promovendo uma ampla vingança entre os dois lados, mas ele preferiu defender a democracia através da união nacional. Ao mesmo tempo em que ele ia conquistando o apoio dos brancos-africaaners, ele foi acalmando os radicais do seu partido e comandando uma transição democrática.
A passagem mais importante do livro é um jogo de “rugby” durante a Copa do Mundo de 1995. Este esporte, predominantemente branco, foi utilizado por Mandela para unificar o país. Permitiu a aceitação do próprio Mandela pelos brancos, assim como os novos símbolos que ele representava. Por outro lado, também conseguiu convencer a torcida negra que odiava o time a torcer pelo mesmo, visto que eles representavam o mesmo país: a África do Sul.
É interessante ler este livro para entender a grandiosidade e a competência deste homem como personalidade e como pessoa.
A história foi adaptada recentemente ao cinema com o título de Invictus, produzida e dirigida por nada menos do que Clint Eastwood, ganhador do Oscar. Nos papéis principais estão os atores Morgan Freeman que interpretou magistralmente o papel do presidente, como Matt Damon que viveu o capitão do time Springboks.
É um bom e instrutivo passatempo.
Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br