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  Tequila


Tequila


O cinema norte-americano sempre nos passou a imagem do cidadão mexicano grande, grosso, mal educado, usando um ‘sombrero’ e um largo bigode, entrando no ‘saloon’ batendo as portas e jogando sua arma em cima do balcão gritando “Tequila”. Ou também o mesmo cidadão, deitado preguiçosamente debaixo de uma árvore, com seu ‘sombrero’ cobrindo o rosto e roncando ruidosamente, uma garrafa de tequila vazia ao lado.

Essas duas imagens são puro preconceito. Os mexicanos não são ignorantes nem grossos. São descendentes de povos extremamente civilizados e cultos que trouxeram muitas invenções e progresso à humanidade.

Esses povos, que chamamos pré-colombianos, habitavam a região em mais ou menos 20.000 a.C. Mas só temos provas concretas desta dominação por volta de mais ou menos 8.000 a.C.. Progrediram durante cerca de 4.000 anos, até os primeiros contatos com os europeus.

A estas civilizações indígenas atribuem-se a criação ou invenção de templos-pirâmide, cidades, matemática (foram os primeiros no mundo a usar o zero), astronomia, medicina, escrita, calendários, artes, agricultura, engenharia, ábaco, teologia, chocolate e a roda. O conhecimento disso tudo se deve, em grande parte, às inscrições em rochas e paredes rochosas encontradas em muitas regiões do México, principalmente no Norte.

Eles foram se substituindo uns aos outros por meio de guerras. O último grupo foi o da Tripla Aliança Asteca (ou mexicas), de onde tem origem o nome moderno de México.
Em 1519 o México foi invadido e ocupado pelos espanhóis. Durante muito tempo esse país foi conhecido como “Nueva España”. Após a conquista dos franceses e a retomada pelos espanhóis aconteceu a guerra da independência quando surgiu, finalmente, o estado do México independente. É um povo extremamente culto, onde a educação primária e secundária é gratuita e compulsória durante 9 anos e o índice de alfabetização é elevadíssimo.

A economia do México se baseia no comércio, indústria, agricultura e exploração mineral.

É na agricultura que vamos encontrar um dos produtos mais populares da América Latina, talvez do mundo, e o mais apreciado por toda a população de lá: a Tequila.
A tequila, no México, seria o correspondente da pinga ou da cachaça aqui no Brasil. Sua história remonta ao período pré-hispânico. Os astecas produziam uma bebida que pode ser comparada à tequila. Os espanhóis chamaram essa bebida meio adocicada de aguamiel e os religiosos a chamavam de “bebida dos deuses”. Os espanhóis, que possuíam a arte da destilação, começaram a produzi-la a partir do vino do mezcal (vinho do mexcal), que é a sua versão mais rústica. Em 1758, o rei da Espanha licenciou o produto e permitiu a fundação da primeira destilaria do país por José Antonio Cuervo, que deu o nome a uma das marcas mais conhecidas.

A tequila é uma bebida alcoólica destilada feita através da destilação de uma planta chamada Agave (azul ou de Weber). É produzida num pequeno povoado chamado Tequila, donde vem seu nome. Fortemente aromática, ela apresenta diferentes graus de cor, sabor e aroma conforme o tempo de envelhecimento.

O Agave azul é parecido ao abacaxi gigante e só se desenvolve em terrenos vulcânicos e em climas áridos. Leva de 8 a 10 anos para servir à produção. E são necessários 7 quilos de Agave para a produção de 1 litro de tequila. O processo inicia-se assando as “piñas” por mais de 48 horas. Levam mais horas ainda antes de serem retiradas dos fornos. O líquido assim obtido é o Aguamiel, ao qual adicionam levedura natural para fermentação. Se obtém então um vinho que deve ser destilado 56 vezes para adquirir a melhor destilação. Assim nasce a Tequila Prata descansada e envelhecida.

À Tequila são ligadas várias lendas. Tem a lenda do “gusano”, que é um verme da planta. É introduzido na garrafa e o homem que consegue engolir a bebida prova sua coragem e seu machismo.

Outra lenda diz que durante uma epidemia mundial de gripe em 1918, alguns médicos começaram a receitar a tequila como tratamento. É lógico que muitos continuaram a fingir que estavam contaminados só para poderem tomar a bebida à vontade.

Além da degustação em copos ou cálices especiais, varias maneiras de consumir a bebida são:  shot, tomado em um gole com sal e limão na borda do copo, ou em respeito à bandeira mexicana (tequila, suco de limão e suco de tomate); marguerita, criada em 1950 em homenagem à Marguerita Sanders, uma dama londrina que passava as férias sempre em Acapulco (modalidade rapidamente popularizada após a Copa de 1970 no México); chapala (tequila e café); cucaracha (tequila e cacau) e outras invenções. A marguerita é muito difundida aqui no Brasil, principalmente nas festas e baladas.

Não posso incentivá-los a tomar bebidas alcoólicas, mas certamente vale a pena provar essa.

Muito cuidado e saúde!!! “Aprecie com moderação” como recomendam nas propagandas de bebidas.


Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br

Fontes:

CAMPOS, Jameson Ramos Seg,  27 de outubro de 2008
http://www.balcaodebar.com.br/index.php/bares-e-bebidas-na-historia/129-tequila
Acessado:2.9.2009

http://pt.wikipédia.org?wiki?tequila  
Acessado: 30.9.2009 


 
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