Roberto: pronto para o caminho
O mestre em Comunicação e Semiótica, formado pela PUC-SP, ROBERTO COELHO BARREIRO FILHO, é professor universitário de Teoria da Cultura, Teoria da Mídia, História da Arte e Ciências da Linguagem. Também dá aulas de pós-graduação em Marketing, Estética, Psicologia e Projeto de Produto. Mas, na Universidade Aberta à Maturidade da PUC/SP ele ministra aulas de História da Mídia entre outras. Aqui vamos conhecer o ser muito humano Roberto, suas ideias e alguns de seus pensamentos. Aproveite!
Jornal Maturidades – Há quanto tempo está lecionando na UAM-PUC?
ROBERTO COELHO BARREIRO FILHO – Leciono na UAM há 18 anos.
JM – Como começou a sua história acadêmica para terceira idade?
ROBERTO – Minha história começa antes da formação da UAM. Lembro que, em um dia, o Prof. Fauze junto com o Prof. Jordão foram à Fundação São Paulo pedir a ajuda da Irmã Valdete Contim para este projeto acadêmico. Fui chamado para a reunião e lembro ter-me admirado com a vontade dos dois professores num projeto que ninguém queria abraçar. A Irmã Leda e a Irmã Valdete prometeram ajudar e eu acompanhei a formação do curso, no início pequeno e modesto. Conversando com o Prof. Fauze sobre o andamento do mesmo ele me fez o convite para dar aulas e eu aceitei de pronto!
JM – Facilidades e dificuldades de lecionar para o idoso?
ROBERTO – Não sinto nenhuma barreira em dar aulas na Maturidade, até porque não faço esta diferença. Dou aulas e adoro fazê-las. Os alunos da Maturidade são receptivos e o professor é avaliado. Se não gostam, tocam o mesmo!
JM – Como é sua relação com os alunos?
ROBERTO – Tenho uma ótima relação com todos. Somos uma grande família!
JM – Qual o conteúdo que você sente que eles mais gostam?
ROBERTO – Penso que o conteúdo vem ligado ao modo como as aulas são dadas. Professores que gostam do que fazem são melhor avaliados, tais como, a Alda, o Nivaldo, o Barletta entre outros.
JM - Qual é a troca entre você e a UAM? O que você sente?
ROBERTO – Penso que a avaliação positiva dos alunos à aula dada. É muito bom ser bem avaliado na proposta acadêmica que realizo.
JM – O que mudou em você nos últimos anos fazendo esse trabalho?
ROBERTO – Tive um grande crescimento profissional! Aprendi a aprender em nossas aulas!
SENTIMENTOS
JM – Como você vê o mundo?
ROBERTO – O mundo é nossa nave espacial à deriva no Universo. Temos que cuidar direito para não naufragar.
JM – O que é viver bem?
ROBERTO – Viver bem é viver de maneira justa. Sempre!
JM – O que você valoriza?
ROBERTO – Valorizo a Fraternidade, a Igualdade e acima de tudo a Liberdade.
JM – O que te preocupa?
ROBERTO – As mazelas administrativas, a fome, a pobreza, a falta de honestidade.
JM – Você atingiu o seu objetivo de vida?
ROBERTO – Ainda busco saber mais. Acho que tenho um bom caminho para isso.
IDADE
JM – Envelhecer. O que é isso para você? Como você encara o envelhecer?
ROBERTO – Envelhecer é viver. Cada dia uma aventura, cada passo um caminho.
JM – E a morte?
ROBERTO – A morte é o fim deste caminho como Roberto e o início de outro como Energia.
JM – Você tem uma história de longevidade na família, está preparado para viver
bastante?
ROBERTO – Estou pronto para o caminho até que ele me mostre outro.
DICA DO PROF. ROBERTO
JM – O que você gostaria de deixar de sugestão para outros idosos e/ou pessoas em processo de envelhecimento?
ROBERTO – Envelheçam o quanto puderem sem contudo perder a consciência e a experiência do caminho.
JM – Uma mensagem para seus colegas professores e/ou alunos da UAM?
ROBERTO – Ninguém é alguém sozinho. Sou feliz porque tenho a todos vocês!
Reportagem: Célia Gennari e Ignez Ribeiro
Fotos: Célia Gennari
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