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Vinte anos na Universidade Aberta

Maria de Lourdes Tieppo de Castro, 82, é aluna da UAM/PUC-SP, desde outubro de 1991. Secretária de formação, trabalhou por mais de 30 anos na Secretaria do Estado e no Tribunal Regional do Trabalho do Estado de São Paulo. O Jornal Maturidades entrevistou a distinta senhora para saber o que a manteve por 20 anos na Universidade Aberta à Maturidade - UAM.

Jornal Maturidades – Quando e como você teve informações sobre a UATI – Universidade Aberta à Terceira Idade, atual UAM?
Maria de Lourdes Tieppo de Castro – No começo de 1990 tive informações através de notícias no jornal.

JM – E o que a levou a matricular-se?
Lourdes – Tinha me aposentado e enviuvado e tive vontade de me matricular.

JM – Estes últimos anos foram um longo percurso e você se manteve sempre assídua, por que?
Lourdes – Talvez seja pela minha formação. Nunca faltei às aulas na escola sem motivo justo e continuei a proceder assim na UAM.

JM - O que há de especial entre você e a atual UAM, sabendo-se que você é uma das pouquíssimas remanescentes da primeira turma?
Lourdes – Creio que seja pela qualidade das aulas que, com poucas exceções, são muito boas.

JM – Como é a sua relação com os outros alunos?
Lourdes – Muito boa. Consegui manter amizade com algumas colegas até fora da sala de aula.

JM – De quais matérias você mais gostou?
Lourdes – No geral, gostei de quase todas, mas destaco duas: as aulas sobre História Antiga e Atual com o Prof. Nelson Basic Olic e as aulas sobre Saúde em geral com a Profa. Dra. Alda Ribeiro.

JM – De quais professores você guardou boas lembranças, entre tantos?
Lourdes – Dos dois já citados: Profª Dra. Alda e o Prof. Nelson. São aulas imperdíveis, excelentes e enriquecedoras. Aprende-se muito com eles e a maneira como os dois nos transmitem a matéria, para mim, é agradável.

JM – O que mudou em você ao vivenciar esta experiência de frequentar uma Universidade Aberta à Maturidade por duas décadas de sua vida?
Lourdes – Acho que ampliei meus conhecimentos em geral e aprendi a viver melhor.

Sentimentos

JM – Como você vê o mundo?
Lourdes – O mundo não vai nada bem. Muitos desentendimentos entre os donos do poder, muitas guerras, muita violência e muitas mortes.

JM – O que é viver bem?
Lourdes – Na minha avaliação, viver bem é viver com a consciência tranquila e aproveitar os bons momentos que a vida oferece.

JM – O que você valoriza?
Lourdes – Valorizo a integridade, a retidão nas ações, a honestidade, o cumprimento das obrigações e a minha participação na comunidade católica.

JM – O que a preocupa?
Lourdes – Preocupo-me com os rumos que a nossa sociedade está tomando, cheia de problemas, com muita falta de consciência, de moral, de religiosidade, aumento do consumo de álcool, das drogas, muita corrupção de todo o lado... Enfim, preocupo-me com meus netos e como poderá ser a vida deles nesse meio.

JM - Você atingiu o seu objetivo de vida?
Lourdes – Sim e não. Sim, porque consegui ter uma vida que eu considero boa, vivo bem com minha família e às vezes, faço o que me apraz, como viajar. Não, porque não consegui receber um diploma universitário, um dos meus maiores desejos da vida.

Família

JM – Como seus filhos, netos, vêem a sua participação na UAM?
Lourdes – Meus filhos gostam bastante da minha participação na UAM e de minhas outras atividades fora de casa.

JM - Os seus cursos e atividades na UAM, durante tantos anos, trouxeram contribuições enriquecedoras à sua convivência familiar?
Lourdes – Sim, a minha convivência familiar é muito boa, meus filhos estão contentes comigo porque eu tenho uma vida própria e cheia de compromissos e não me sinto isolada na família. Assim, eles não precisam se preocupar e quando estamos juntos conversamos, entre outros assuntos, sobre as aulas da UAM.

Tempo

JM – Envelhecer. Como você encarou o envelhecimento?
Lourdes – De uma maneira positiva. Não é muito agradável perceber que não tenho mais a disposição de antigamente, mas procuro aceitar a velhice e tudo fazer para que ela possa transcorrer com saúde e bem.

JM - O que você gostaria de deixar de sugestão para outras pessoas ou idosos em processo de envelhecimento?
Lourdes – Que aceitem bem essa fase da vida, tratem bem da saúde, não tenham uma vida sedentária, realizem passeios e procurem uma atividade fora de casa.

JM – Alguma mensagem especial para seus colegas e professores que compartilharam com você desse convívio até o momento?
Lourdes – Quero agradecer a oportunidade que tive de participar deste curso, de conviver com professores muito capacitados, de colegas que me ajudaram, em especial a representante de classe, Rosa. Posso afirmar que essa convivência de tantos anos foi muito benéfica para mim, ampliou meus conhecimentos, adquiri novas amizades e tive boas experiências.


Ignez Ribeiro ignisignis@uol.com.br
Célia Gennari csgennari@gmail.com


 
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