Pâte à Choux (Massa de repolho)
Século XVI. Catarina de Médicis, nobre da região de Florença, Itália. Foi levada aos 13 anos de idade por seu futuro sogro. O Rei Francisco I, rei da França, para ser esposa do príncipe herdeiro, Henrique II, que infelizmente morreu muitos anos antes dela. Dos dez filhos que ela teve, 3 foram reis da França. Um deles muito jovem ainda para reinar. Ela foi nomeada regente e ai teve todas as condições necessárias para incentivar as artes e dentre delas a gastronomia francesa.
Ela incentivou um de seus cozinheiros italianos a inventar uma nova massa, a "pâte à choux", simples, feita de farinha, ovos, manteiga e leite, todos cozidos juntos. O criador deu a esta massa o nome dele: "pâte à Pastorelli". Com o tempo e as variações normais dos confeiteiros, ela passou a se chamar "pâte popelin", pois era utilizada para preparar "popelins", doce com formato de peito de uma mulher. Mais tarde, e também por sua semelhança com o repolho, esta massa passou a ter seu nome definitivo "pâte à choux" ("choux" = repolho em francês).
A "pâte à choux" é uma das massas mais importantes e mais utilizadas na confeitaria francesa. Com elas são feitas as carolinas ('choux à la crème') e as bombas ('éclair au chocolat'), consumidos individualmente com um enfeite de caramelo por cima, ou juntados para formar bolos.
Os mais famosos bolos da época - e que continuam até hoje - são os bolos natalinos, o 'croque embouché' e o 'St. Honoré', sempre presentes em eventos da realeza, casamentos e festas elegantes. E não vamos esquecer dos 'profiteroles' que são tão importantes para os franceses quanto são os brigadeiros para os brasileiros.
Não deixem passar a oportunidade de provar estas delicias. Vale a pena.
Bon appétit (Bom apetite).
Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br
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