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A cor do meu Brasil

A COR DO MEU BRASIL


Meus amigos, se vocês cultivam, mesmo que ocultamente, certa aversão por pessoas negras, mulatas, cafuzas, pardas, ou seja, pessoas de origem africana, sugiro, respeitosamente, que comecem a repensar, entender e mudar esse seu preconceito.

E não me diga que você não é preconceituoso, não insista nisso, porque você é sim!

E acredite, penso que todos nós, lá no íntimo temos certa reserva, certa dose de intolerância para com todos aqueles que julgamos diferentes.

No Brasil escravagista esse fato acentuou-se muito, a ponto de em pleno século XXI existir um sistema de cotas para permitir o ingresso de negros e afins nas faculdades. Melhor dizendo, facilitar, dar oportunidade de ingresso. Assunto polêmico, muitos defendem, outros tantos condenam, argumentam a transitoriedade de tal medida, mas ela aí está.

Não sei qual é a sua opinião. É possível que você entenda que isso é muito bom, excelente mesmo, por ser uma porta aberta para o ingresso em cursos superiores, sem a qual muitos jovens provenientes das camadas mais pobres jamais conseguiriam ultrapassar. Raciocínio simplista? Solução paliativa? Deslocamento, para pontos periféricos, dos reais motivos que dificultam, quando não impedem, o avanço intelectual de jovens, e que não se encontram nem na cor do candidato, nem na sua condição econômica, mas sim nas péssimas condições da educação no Brasil. Bem! Não vale polemizar.

Contudo, amigos e amigas, se todos são iguais perante as leis, se todos possuem os mesmos direitos, por que abrir essa exceção, esse privilégio para os negros?

Isso não demonstra de forma inequívoca que a suposta igualdade não é tão igual quanto se propala? Que precisa ser imposta através de regulamentos, portarias e leis.

O negro e seus descendentes têm sofrido por parte da sociedade, aquela formada por brancos mais brancos, uma constante discriminação. Ocorre que ele, o negro, também discrimina o branco. Também o olha de forma acusatória, hostil. Existe sim, de ambos os lados, uma desconfiança que acaba por minar as melhores intenções, os mais desarmados pensamentos e objetivos.

O certo é que apesar de todas as diferenças, dificuldades, preconceitos, o povo brasileiro está aos poucos se amorenando. A miscigenação, a mistura entre branco e negro resulta num ser humano moreno, forte, bonito, alegre, inteligente, o brasileiro.

O acesso à cultura, no Brasil, é muito prejudicado pela pobreza, pela falta de recursos financeiros. Contudo, quando uma família “morena” consegue furar essa poderosa barreira, projetando-se acima da grande maioria num espaço admirável, abre-se para os descendentes a maravilhosa oportunidade do aprender, do ser, do estar lá.

As diferenças, então, mostram-se, não tão diferentes. O estar lá revela capacidades ocultas, vocações adormecidas, tendências peculiares.

O Brasil está se tornando moreno!

Nas artes, nas ciências, nas agremiações literárias, nos postos de comando, aos poucos, sutilmente, a cor do brasileiro indica a formação de uma nova raça, um novo homem, sem mágoas e sem ressentimentos, um homem que possui a capacidade de olhar um outro homem, seja preto, branco, amarelo ou vermelho, vendo nele tão somente a projeção de sua própria imagem.

Por Nilde Tavares Lima

 

 
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