Tendo como sugestivo título acima citado, o Prof. Mário Sérgio Cortella ministrou a Aula Inaugural do Curso Universidade Aberta à Maturidade do 1º semestre do ano letivo de 2018, dedicada aos professores e alunos do curso e aberta ao público em geral, no dia 26 de fevereiro.
Com o Auditório do Teatro TUCA da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo completamente lotado, Cortella cativou durante 90 minutos uma plateia interessadíssima, que em absoluto silêncio parecia, por assim dizer, beber cada uma de suas palavras. Utilizando com extrema maestria conceitos e argumentos sobre o tema, ele assinalou que, embora hoje exista uma espécie de obrigação, de imposição feita pela sociedade, a felicidade não pode ser entendida como um estado de espírito ou sentimento que as pessoas precisam ou devem alcançar ou desfrutar de qualquer maneira ou o tempo todo. Deve ser encarada como uma viagem e não como um caminho determinado, porque não existe um caminho para a felicidade, pois felicidade é o caminho.
Na realidade, realçou, assim como muitas coisas ligadas à vida dos seres humanos, que a felicidade é algo muito difícil de ser definido ou conceituado. Isso porque ela é um estado ou mesmo uma circunstância que pode ter muitos significados, sentidos diversos e duração imprecisa, conforme o tempo, o lugar, a idade das pessoas e de suas experiências de vida.
No meu modo de interpretar sua fala de expositor, penso que ele deixou claro que os grandes pontos de discussão sobre o assunto poderiam ser relacionados das seguintes maneiras:
a) A felicidade pode ser procurada ou surge espontaneamente?
b) É algo que pode ser comparado em termos qualitativos ou quantitativos?
c) É um bem coletivo ou apenas pessoal?
d) É uma situação permanente ou transitória?
Por fim, acredito que o Mestre Cortella deixou algumas indicações importantes para o entendimento do tema, ou seja:
1) A felicidade é algo impreciso, de muitas faces e significados;
2) Varia conforme o tempo, o lugar e hora vivida pela pessoa;
3) As formas ou maneiras de senti-la ou desfrutá-la dependem das percepções de cada indivíduo;
4) É imprevisível, pois costuma chegar sem se anunciar e partir sem avisar;
5) É preciso que a pessoa esteja atenta para poder captar o momento, a situação, as circunstâncias onde o sentimento ou estado aparece, porque pode surgir sem que ela dê conta na ocasião (tipo “eu era feliz e não sabia”, como na letra do famoso samba de Ataulfo Alves);
6) Precisamos saber colocá-la onde estamos e não situá-la em lugares ou situações inalcançáveis (lembro aqui os versos do poeta Vicente de Carvalho que escreveu “a felicidade nunca estamos onde a pomos ou nunca a pomos onde estamos”);
7) A felicidade não depende apenas de um momento ou circunstância, mas está muito ligada à postura de cada um ao longo de toda sua vida e das escolhas feitas durante esse trajeto;
8) A felicidade deve ser sentida ou procurada sempre dentro da própria pessoa, porque colocá-la apenas na dependência das outras provavelmente nunca será sentida ou achada.
E a grande tirada e conclusão do Prof. Cortella foi, comentando um extremo momento de felicidade pessoal ao perceber o estado de imensa euforia de uma netinha de quatro anos ao receber dele de presente um vestidinho, que naquela ocasião, pela reação dela, ele poderia morrer de felicidade, mas não queria! Foi o mesmo sentimento que tivemos todos ali naquele histórico Teatro durante todo o transcorrer e no final da exposição: poderíamos morrer de felicidade e privilégio de ouvir o grande filósofo brasileiro, mas com toda certeza, ninguém queria!
Show no SESC Pompeia
Por Rosa Satiko Oguri e Paula Janete Salfatis
Aconteceu no Sesc Pompeia o show do Prof. Roberto Seresteiro, com músicas de seresta, samba-canção, valsa e samba.
Aberto ao público, lotou as dependências do local. Como era um salão, as pessoas presentes, muito animadas, afastaram as mesas para dançar.
Compareceram para prestigiar o Prof. Roberto, as alunas e professores da UAM.
5 e 7 de fevereiro - Aula Inaugural ministrada pelo Prof. Mário Sergio Cortella
A Profª Draª Maria Isabel Allegrini, da UAM, proferiu palestras na Faculdade das Nações, à Av. Francisco Matarazzo. Vários alunos da UAM Perdizes e Ipiranga prestigiaram o evento.
Neste semestre, a aula inaugural da UAM foi proferida pelo ilustre filósofo e escritor Prof. Mário Sergio Cortella, mestre e doutor em Educação e professor titular da PUC-SP, hoje comentarista da Rádio CBN nos programas “Academia CBN” e “Escola da Vida”.
Prof. Cortella é autor de mais de 30 livros, entre eles:
- Vida e Carreira: um Equilíbrio Possível? com Pedro Mandelli
- Pensar Bem nos faz Bem!
- Por que Fazemos o que Fazemos?
Devido ao grande número de inscritos foi preciso transferir o evento do auditório da PUC para o teatro TUCA.
O Coral da Maturidade, regido pelo maestro Prof. Júlio Battesti, abriu a sessão. Como sempre, as integrantes foram muito aplaudidas.
Nem a chuva torrencial daquela tarde atrapalhou o acontecimento. Até faltou energia, o teatro ficando às escuras! Mas o palestrante não se intimidou! Lotado, o auditório permaneceu em silêncio, todos ávidos em ouvir o tema “A felicidade foi-se embora?”.
E assim, mesmo sem o microfone, terminou a ótima palestra! Prof. Cortella foi muitíssimo aplaudido!
O doutor em Educação ainda autografou vários livros já editados pela Cortez Editora:
- A Escola e o Conhecimento
- Educação, Convivência e Ética
- Família: Urgências e Turbulências (um dos mais vendidos)
- O que é Pergunta? (livro infanto-juvenil, escrito em parceria com Silmara Rascalha Casadei)
24 de março
Aconteceu no Hotel Mercure (unidade Jardins / São Paulo), a Primeira Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento / Intergeracionalidade: Desafios e Oportunidades, com palestrantes renomados, temas relevantes atuais e espaço para debates.
Coordenadoras:
. Lilian Liang (Jornalista da revista Aptare)
. Marcela T. Lazarini (Assistente social)
. Ana Cristina P. de O Aguiar (Psicóloga, coordenadora da pós-graduação do Hospital Israelita Albert Einstein)
. Manuela Barral (Psicóloga / PUC-SP)
. Simone Affonso (Fonoaudióloga da empresa Intterage)
. Flávia K. Fonte (Nutricionista)
. Karina Mauro Dib (Enfermeira)
Palestrantes:
. Dra. Maisa Kairalla (Geriatra, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo)
. Profª Drª Naira Dutra Lemos (Assistente Social da UNIFESP)
. Prof. Dr. José Carlos Ferrigno (Psicólogo da PUC e HIAE)
. Valmari C. Aranha (Psicóloga do Hospital das Clínicas de SP)
. Profª Ruth G.C. Lopes (Psicóloga da PUC-SP)
. Melissa Marques Pereira (Fonoaudióloga / Fonocorp)
. Profª Drª Beth Hee Jeung Hong (Médica e gerontóloga da PUC-SP)
. Profª Drª Rosa Yuka Sato Chubaci (Coordenadora do bacharelado em gerontologia da USP)
. Rita de Cássia. M. Siqueira (Assistente Social SMADS)
. Ana Paula Maeda (Gestora da gerontologia / CRI Norte)
. Neide Alessandra S. Périgo (GEPROS / Gerência de Estudos e Programas Sociais / SESC)
A Profª Drª Beth Hong, participante do evento, falou sobre sua experiência de Intergeracionalidade na Coreia, mas deu destaque à UAM, que ela admira muito!
Colocou na tela fotos dos coordenadores, professores, alunos e amigos. Fez um retrospecto, mostrando a todos a importância do curso, não só na parte cultural com conhecimentos atuais, do social com passeios, visitas, participação festiva com outras entidades. Comentou sobre o Festival do Japão, no Centro de Convenções da Imigrantes, do qual a UAM faz parte a 4 anos.
Além do curso normal, fez comentários sobre as oficinas de Canto Coral, Dança, Espanhol, Francês e Tai-chi-chuan.
Enfim, falou com muito orgulho da UAM! Muitos nem sabiam da existência deste curso!
EUGÊNIA FISCHER
103 anos
Por Lela Saadi
Dia 5 de abril de 2018, fomos agraciadas com um belo lanche na Galeria dos Pães, afim de homenagearmos a querida colega Eugênia Fischer, que nessa data completou 103 anos de idade.
Muitas pessoas encaram a velhice como um bicho papão, uns sem fins de queixas, dores sem limites. Eugênia, porém encara a vida com mais realidade, procurando sempre manter sua autoestima, dando valor às coisas boas que a vida lhe proporciona, como por exemplo, esta deliciosa reunião com as colegas que muito a estimam.
Continua frequentando as aulas na Universidade Aberta à Maturidade, PUC-SP onde não só é bem quista pelas colegas que muito a estimam assim como os professores que sentem sua falta quando está ausente.
Nós admiramos sua vitalidade, sua atenção nas aulas e suas perguntas sempre pertinentes. Que Deus a conserve sempre assim.
O adeus a Stephen Hawking
Por Sueli Carrasco
Crédito: Wikipedia
Morre aos 76 anos Stephen Hawking (1942-2018), que desde os 21 anos sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa que iria progressivamente paralisar seus músculos e que, segundo seu médico, o levaria à morte em no máximo três anos.
Stephen William Hawking foi um físico britânico brilhante e ficou famoso por produzir algumas teorias fundamentais da física moderna. Ajudou-nos a compreender o universo enigmático e estabeleceu toda base teórica para descobrirmos um universo paralelo.
Sobre a origem do universo deixou o seguinte pensamento: “Se encontrarmos uma resposta para isso, será o maior triunfo da razão humana, porque conheceríamos a mente de Deus”.
No seu último artigo científico mostrou que uma das portas para universos paralelos seriam os buracos negros. Com seu bom humor autêntico deixou a seguinte frase: “Se você cair em um buraco negro, não desista. Existe uma forma de sair de lá”, como uma metáfora para a depressão. Fez esta afirmação em uma conferência no Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo.
* Os artigos publicados no jornal Maturidades são de inteira responsabilidade dos autores
(que exprimem suas opiniões e assinam seus artigos) devendo ser encaminhada
a estes toda e qualquer sugestão, crítica ou pedido de retratação.
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