O ENVELHECER
Por Maria da Graça Guimarães Feijó
Todos nos acostumamos com as mudanças que o envelhecimento nos imputa. Para uns essa aceitação é mais natural; para outros se torna um grande pesadelo. Pesadelo que se inicia com a perda dos direitos, e, com isso, esquecidos como pessoa física diante das circunstâncias impostas.
Nenhuma sociedade está madura o bastante para corrigir essa tolerância que deve haver diante das pessoas que sofrem e não se acostumam de imediato com as suas limitações diante da velhice.
As baixas pensões que o governo fornece, por exemplo, já são motivo para todos os problemas que os velhos começam a sentir
A velhice acaba sendo uma preocupação por medo de um futuro sem perspectivas, mesmo que a televisão exponha benefícios na medicina e no conforto. A verdade é que muitos não têm condições de se beneficiar, apesar de terem trabalhado uma vida inteira.
Os mais velhos demostram uma condição de culpa e tentam mostrar para a família que não são um entrave e um transtorno, o que os faz sofrer demasiadamente.
Gloriosos os velhos que conseguem reagir a essa indiferença, muito comum nos próprios lares e que consigam ter ideias que mostrem para a família tão cheia de compromissos que eles ainda têm direito ao afeto.
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