Por Mariasun Montañés

Em 1º de outubro, a UAM/PUC-SP manteve a tradição de celebrar o Dia do Idoso. O evento “Dia da Pessoa Idosa: Comemoração e Protagonismo”, organizado pelos coordenadores do curso - Prof. Dr. Antônio Jordão Netto (Coordenador Técnico) e Profª Drª Marília Josefina Marino (Coordenadora Acadêmica), contou com a participação da Profª Madalena Peixoto e de três alunas: Elza Calazans, Mariasun Montañés e Valda Gama.

Porém, em razão da pandemia e do isolamento social, este ano a comemoração foi diferente das anteriores. Ao invés de ser realizada no auditório do TUCA, com palestras e música ao vivo, o encontro se deu por meio da tela do computador ou do celular, que se abriu para reunir novamente a todos, com a colaboração da TV/PUC-SP.

Neste período, em que os idosos representam o grupo mais vulnerável diante da Covid-19, manter o distanciamento social e ficar em casa foram as medidas vitais de resguardo e de proteção recomendadas. Isso trouxe um grande desafio físico e mental, em especial, às pessoas de mais idade, pois representou romper com a sua rotina e ficar longe dos filhos, dos netos, dos encontros com os amigos, das atividades de lazer e, nesse caso, do curso da Universidade; ao mesmo tempo que, conforme vários relatos, despertou sentimentos de solidão, estresse, ansiedade, tristeza, depressão, provocando inclusive alterações do sono e alimentares.

Ciente disso, a organização da live buscou promover um diálogo e troca de ideias sobre o atual momento. As alunas da UAM/SP foram convidadas a participar do evento para exporem suas vivências, inseguranças, incertezas, descobertas, reflexões; formas de enfrentamento, superação e manutenção do equilíbrio e da saúde emocional; lições aprendidas durante o longo isolamento.

Foram três depoimentos, três olhares e três experiências diferentes diante da pandemia, em conexão com quem estava do outro lado da tela, passando pelas mesmas inquietudes, emoções, medos, dúvidas, vulnerabilidade; buscando uma forma sadia de lidar com a letargia, restrições e contingências diante de dias tão estranhos.

A partir desses relatos, a mensagem final poderia ser resumida em uma frase: Não importa a idade que se tenha, sempre é possível criar e recriar-se, manter-se ativo, adaptar-se ao inesperado e a situações adversas, tirando valorosos ensinamentos e aprendizado, até diante de uma quarentena e da maior crise sanitária do planeta.