O CAMINHO DE NELSON MANDELA
Por Lilian Rochael*
Um sorriso nos lábios, um olhar tranquilizador, a força de um homem que mesmo sob pesadas barreiras não desistiu de seus sonhos. Nelson Mandela deixou este mundo numa quinta-feira, 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos. Ao longo de tão extensa jornada irradiou amor e manteve a chama da esperança a procura de justiça e paz.
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Aquele menino, nascido em 18 de julho de 1918 no clã Madiba, no vilarejo de Mvezo, mudaria a ordem mundial no século 20. Ao se tornar homem, advogado, obstinou-se em defender as causas justas, e não mais se calou.
Tornou-se um líder inquestionável na história da humanidade, um ícone da luta pela igualdade racial. Durante 27 anos ficou preso, sofreu humilhações e não esmoreceu. Conduziu o fim do apartheid na África do Sul e conseguiu reconciliar os sul-africanos, unir seu país que clamava por igualdade, por democracia, por liberdade, porque todo homem nasce livre. Sua contribuição viverá para sempre. Sua vida foi e é inspiração para muitos.
Exemplo de coragem, integridade, dignidade, lutou pelos interesses dos oprimidos, por uma sociedade melhor, livre da força do orgulho, da ambição, do egoísmo, de tudo que se move com mesquinhez, com ódio, livre da violência e da guerra. Mandela foi apenas um dos que protagonizam esse processo, porque o mundo ainda precisa de muito, clama por paz, justiça, amor, por grandes mudanças, sem separação e humilhação.
Em 11 de fevereiro de 1990 ganhou sua própria liberdade. Por seus esforços para trazer a paz ao país, em 1993, dividiu com Frederik de Klerk, eleito presidente da África do Sul, o Prêmio Nobel da Paz. Em 27 de abril de 1994, Mandela, aos 75 anos, tornou-se o primeiro líder negro naquele país, com 62% dos votos nas primeiras eleições multirraciais democráticas da história da África do Sul.
Mandela soube perdoar. E, mais do que isso, mostrou ao seu povo e a toda humanidade que o perdão tem força de transformação e de crescimento. E que a vingança apenas cega, segrega, destrói.
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A 20 dias do Natal, onde os homens se reúnem com os sentimentos mais fraternos, a morte de Madiba ficará registrada nas mentes e corações de todos. São esses os sentimentos, que Nelson Mandela sempre almejou.
Alcançar tão longa jornada é um presente de Deus, e seguir nessa estrada realizando coisas boas é uma escolha de cada indivíduo.
Em sua autobiografia Mandela afirma: “Percorri uma longa estrada até a liberdade... Tirei um momento para descansar, dar uma olhada no glorioso panorama ao meu redor e para olhar para a distância que já percorri. Mas posso descansar somente por um momento, pois a liberdade tem responsabilidades, e eu não ouso me demorar, porque minha caminhada ainda não terminou”.
*Jornalista especialista em Jornalismo Literário
Imagens:
Uso de licença Creative Commons (Wikimedia Commons)
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nelson_Mandela-2008_(edit).jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frederik_de_Klerk_with_Nelson
_Mandela_-_World_Economic_Forum_Annual_Meeting_Davos_1992.jpg
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