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Teatro da Vida

Por Natália Giro

“Conflitos geram movimentos, ação, criação e que, a cada página vivida de sua história admira mais e mais a potência criativa e expressiva do Ser Humano, independe da sua complexidade”...

“Vida! O que é a vida? Seria um espaço de tempo entre a concepção e a morte de um organismo? Ah! O início da vida pra mim traz alegria, união, prazer, felicidade, emoção, esperança... E a vida foi me ensinando... Aprendi a andar... Correr... Falar... Refletir... Ler... Estudar. E a vida foi me ensinando. Descobri outros valores. Ousei. Tive conflitos que fazem parte do crescimento, do amadurecimento e do aprendizado. E a vida foi ensinando... Casamento, compromissos, contas a pagar... E a vida foi ensinando. E agora? O tempo passou! O que fazer? Descobri que há várias maneiras de caminhar, também porque a vida vai ensinando. Mas o que é importante na vida? Ah! Claro! É o legado que deixamos. É o testemunho que damos aos nossos filhos, ensinando quais são realmente os valores da vida para quando a gente se for, eles poderem se entender entre si. Com harmonia, respeito e carinho de um para com o outro. São as atenções que podemos dispensar para aquele idoso tão carente de atenção. São as gargalhadas que podemos provocar nas crianças que estão distantes de seus pais. É o tempo que gastamos visitando amigos desolados com seus problemas. Sim. Essa é uma vida da qual através desses atos, nos trazem a verdadeira felicidade. O resto? O resto é ilusão”. – Marlene, Monica, Rosângela, Vera e Vilma - Universidade Aberta à Maturidade /PUC-SP - Campus Ipiranga, junho 2017

O texto acima é de autoria de um grupo de alunas que, durante a disciplina “Shakespeare e a questão das subjetividades em suas obras” registraram em palavras a reflexão sobre os papéis sociais desempenhados na vida, as complementaridades e relações estabelecidas. O disparador para a abordagem do conteúdo foi a obra Hamlet. Outros textos foram construídos por diferentes grupos e que, posteriormente, dividirei com vocês leitores deste jornal. Mas escolhi este, especificamente, porque traz o sentido da minha atuação dentro da UAM, levando o Teatro para as turmas.

Comecei neste curso com a disciplina “O Teatro da Vida” e nestes quase seis anos de caminhada continuo nesta trilha. Este primeiro e importante passo foi e é norteado pelo estudo da História do Teatro Ocidental, a partir dos períodos da História do Homem e da escolha que fiz das principais contribuições para nossa vida cotidiana. Nesta disciplina percorremos o legado deixado e olhamos para nossa história – professor e alunos juntos na construção de uma vida ativa, em ação, presente no palco das nossas relações. Se de um lado o Teatro se faz presente como linguagem artística, como potência de educação, transformação social e personagens são levados em cena, do outro lado nossa vida se revela na expressividade e arte da comunicação, no poder da nossa presença de ação e transformação do enredo por nós vivido no aqui e agora da nossa existência e na beleza e encontro das relações que estabelecemos.

O Teatro da Vida tem por objetivo estabelecer uma ponte possível entre a História, conceitos, técnicas, áreas de atuação e profissionais das artes cênicas e nós, indivíduos que somos, grupos que constituímos, nossos enredos, anseios, habilidades, dificuldades, potencialidades, complementaridades, desejos, imaginação, realidade, entre tantos outros aspectos que emergem na troca e reflexão despertados pelos saberes e curiosidades a partir dos conteúdos abordados.

Do palco para a sala de aula construí minha história. Da cena aos bastidores se dá minha ação. A vivência de aproximadamente 23 anos na formação de atores e, principalmente, não atores, conduz meu olhar para o palco da vida. A tríade Teatro, Educação e Psicodrama regem minha atuação profissional. Por meio dela os diálogos entre teoria e prática, ouvir e fazer, doar e receber, aprender e ensinar se fazem presente nas aulas, revelando aspectos voltados a vergonha, timidez, exposição, comunicação, trabalho em equipe, criatividade, autoconhecimento, entre tantos outros. Muitas vezes esta revelação vem com a “máscara” de conflitos internos ou presentes nas relações da turma. E no palco da vida, no aqui e agora do grupo, dos alunos autores-atores de sua própria história se desenvolve um novo enredo, a magia do teatro dá espaço para o espetáculo da vida regido por uma professora-diretora teatral que aprendeu por meio do Teatro que conflitos geram movimentos, ação, criação e que, a cada página vivida de sua história admira mais e mais a potência criativa e expressiva do Ser Humano, independe da sua complexidade.

 
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Edição Nº 29
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