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VIRGINIA
Mãe, Avó e Bisavó

Um exemplo muito inspirador de família vem do clã da matriarca Virginia Lobo Peçanha, de 90 anos. Nascida em Juiz de Fora em 1924, Virginia tem muita história para contar e coisas boas para lembrar. “Tenho lembranças boas de meus pais e de meu irmão, pessoas muito importantes na minha vida”.

Aos 18 anos, a jovem Virginia casava com o homem de sua vida, 10 anos mais velho, com o qual viveu 40 longos e felizes anos. Felicidade interrompida por sua morte precoce, aos 67 anos. Momento de muita tristeza para todos e para Virginia, que aos 58 anos se via à frente de uma grande família construída ao lado de seu marido, exemplo de companheiro, pai e avô.

Reuniões nos finais de semana eram comuns no seio dessa família, o que foi reduzido pela matriarca no período de luto. “Cancelei todos os encontros familiares de final de semana, que até então aconteciam regularmente, e dos quais meu marido fazia questão. Precisava de um tempo para não sofrer ainda mais com as lembranças”, explicou. “Penso que as pessoas tristes não deveriam conviver com as crianças”.


Outra morte que marcou a família foi a do neto Alexandre. Uma perda trágica, amplamente divulgada pela mídia, pela brutalidade do assassinado ocorrido em seu consultório dentário.

Mas são as boas lembranças de uma vida alegre e cheia de realizações que Virginia guarda em seu coração. E a família? A família iniciada pelo casal não deixou de crescer!

Hoje contabiliza 4 filhos, 12 netos e 19 bisnetos. A última, nascida em setembro, já brilha como a caçulinha. “Família é muito importante”, diz Virginia, apaixonada por crianças.

Ela teve uma vida saudável, agradável e feliz e, entre tantas opções profissionais, ela escolheu ser mãe. E, hoje, à frente de todos esses descendentes, está sempre disposta a ajudar quem está precisando. Inclusive fora da família também.

Ela exerceu maravilhosamente a maternidade e ser avó e bisavó é a concretização do início de sua escolha de vida.

Aos 90 anos afirma que o momento é de saudade, porque uns moram perto, mas outros estão bem longe e ela não quer mais fazer longas viagens. Agora é tempo de esperar pela visita dos que estão distantes, fora do país.


Em tantos anos de vida, ela ressalta a importância dos amigos, que são muitos. E faz questão de dar a devida importância às amizades antigas, por conta do tempo que corre. Quanto aos amigos recentes, ela se refere aos da  Universidade Aberta à Maturidade (UAM) da PUC-SP, com muito carinho e consideração.

“Tomei consciência do curso da UAM por intermédio de minha filha. Assisti a uma aula e não sai mais, a não ser por alguns afastamentos para cuidar da saúde e para viajar”, contou a aluna, que ingressou na UAM em 1993.
Perguntamos qual era a sua filosofia de vida e, entre risos, ela respondeu simplesmente: “Quero comer bem e tomar meu vinho, coisas que gosto de fazer. Viver o melhor possível e poder ajudar os outros quando precisarem de mim”.

Virginia Lobo Peçanha nos deixa a mensagem da importância da família. Não de qualquer família. Da união familiar, onde a distância não afasta... Da semente plantada... De que ter pai, mãe, familiares e amigos é extremamente importante e saudável... Da indignação pelas perdas de vida... E da persistência em prosseguir e cuidar de quem ainda está vivo... De que estar à frente de uma grande família é uma benção... De que viajar é preciso, para ver com outros olhos novos horizontes... De que fazer o que se gosta, quando possível, é saudável e torna a vida mais agradável...

 

 

Entrevista e fotos: Célia Gennari
Colaboração: Equipe Jornal Maturidades

 
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