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O PELE VERMELHA

Por Sueli Carrasco

Pequenos tomates coreanos

 

Tomate, fruto carnoso e suculento do tomateiro (Solanum lycopersicum; Solanaceae), é considerado por leigos como legume. Uma planta da mesma família da batata, berinjela, jiló, pimentão e pimentas. O tomate é rico em betacaroteno e contém vitamina C. A palavra tomate vem de tomatl, como era conhecida a fruta entre os astecas.

Os nutricionistas o recomendam por ser um alimento rico em licopeno (média de 3,31 mg em cada 100 g), vitaminas do complexo A e complexo B e minerais importantes, como o fósforo e o potássio, além de ácido fólico, cálcio e frutose. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes. O tomate é composto principalmente por água, possuindo aproximadamente 14 calorias em 100 gramas.

Alguns especialistas defendem que o tomate é originário dos povos Incas no Peru, que esses cultivavam várias espécies silvestres que deram origem às atuais variações, que são muitas. Esta atribuição é por persistir ainda hoje naquela região grande variedade de tomates selvagens e algumas espécies domésticas de cor verde, apenas somente ali conhecida.
Outros apostam que foi encontrado pelos colonizadores espanhóis no México, onde os Astecas o combinavam com as carnes de peru e cachorro. Foi levado provavelmente pelos padres jesuítas para o Velho Mundo.

Registros apontam sua chegada à Espanha, no século XVI. Há quem acredite que a famosa gastronomia espanhola e italiana nasceu com o tomate.

Na Espanha seu uso vai da paella ao gazpacho, mas o que mais o glorifica é a simplicidade de um prato catalão pan con tomate: tomate, sal e azeite que se converteu em trunfo gustativo regional.

Sua expansão pelo Velho Mundo foi rápida. A planta exótica chegada do México conquistou pela beleza de seus frutos e pelo seu efeito ornamental, porém tida como venenosa. “O tomate é mais bonito que bom”, sentenciou o médico italiano Costanzo Felici (1525-1585).

Encantados com sua beleza, os italianos o batizaram de pomo d’oro ou pomodoro (pomo dourado ou maça de ouro) em uma alusão a sua cor em certo estágio de seu desenvolvimento. Não podemos esquecer que foram eles os geniais criadores do pomodori secchi (tomates secos) desidratados ao sol ou ao forno e também os inventores de caixas ou vidros di pomodoro, (tomate) em purê, polpa e extrato.

A França por muito tempo não o aceitou, exceto a região da Provença. Isto só mudou quando a imperatriz Eugenia de Montijo (1826-1920), esposa de Napoleão III, introduziu na corte várias receitas com tomate, que serviram de base para alguns de seus famosos pratos. Outra designação dada a ele pelos franceses foi Pomo d’amour (pomo do amor ou maça do amor), por ser considerado afrodisíaco e tóxico.

Na Inglaterra foi muito bem recebido, passou a ser consumido até como doce. Os ingleses levam ao fogo tomates maduros e firmes, adicionam açúcar, canela e cravo que resultam em uma compota, com a aparência de pasta de goiaba.

Nos Estados Unidos também não fugiu à regra: era considerado venenoso. O tomate foi temido até o ano de 1830, quando Robert Johnson subiu nas escadarias da prefeitura de Salem em New Jersey e comeu um tomate inteiro, para espanto total da plateia que assistia ao macabro ritual de “suicídio”. O povo permaneceu ali, parado por vários minutos, esperando que Johnson morresse com o veneno do tomate, mas como isso não ocorreu, as pessoas perceberam que o tomate era um fruto totalmente sem risco e dali em diante o tomate começou a se popularizar nos Estados Unidos.

As primeiras plantações surgiram na Louisiana, região colonizada pelos franceses, que se mostraram mais abertas à novidade.

Com o passar da carruagem sua imensa aceitação pelos americanos resultou no mais famoso molho o Ketchup, paixão nacional e internacional. O molho é oriundo da China.

No Brasil, o tomate era usado só como condimento. Com a vinda dos imigrantes italianos que chegaram como mão de obra nas fazendas de café, o tomate, que já era bem difundido na Itália, em sua culinária e inclusive processado em suas indústrias de conservas, se impôs. Com isto os italianos exerceram grande influência na culinária brasileira.

O Brasil está entre os dez maiores produtores mundiais de tomate, graças ao calor e ao sol tropical na maioria das regiões brasileiras. Seu uso dá um toque especial aos nossos pratos, que foram além da culinária italiana. Hoje acompanha massas, carnes, verduras, legumes, deliciosas peixadas, tortas capixabas e a saborosa galinha cabidela de Pernambuco.

Tomate, totalmente versátil, de forte personalidade, harmoniza-se com todos vegetais, peixes, carnes e temperos e sempre revoluciona a culinária mundial.

Para saber mais

O triunfo suculento do vitaminado tomate – Dias Lopes – Jornal Estado de São Paulo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tomate - Última visualização em 19/04/2016.

Imagens:

Uso de licença Creative Commons (Wikimedia Commons)
 
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