Retomada de uma bela trajetória
Por Jordão Antônio Netto
Março de 2020. O curso de extensão cultural universitária UNIVERSIDADE ABERTA À MATURIDADE da PUC-SP estava pronto para iniciar mais um promissor semestre de atividades. Com treze turmas formadas, sendo doze no campus Monte Alegre e uma no campus Ipiranga e com cerca de 300 discentes matriculados, o ano letivo prometia ser mais uma etapa de grandes conquistas pedagógicas e sociais para o seu alunado – e porque não – para toda a comunidade universitária, pois criado em 1992 pelo Professor Doutor Antônio Jordão Netto, fora o pioneiro na cidade de São Paulo. Estaria completando 28 anos de atividades ininterruptas, com grande sucesso de público e ampla repercussão na mídia paulistana.
Na primeira semana de aulas, os corredores e salas de aulas, de ambos os campi da PUC-SP, voltavam a se encher de alegria e agradável alarido do retorno das senhoras (em grande número) e senhores (lamentavelmente ainda poucos!) com a volta às aulas. Veio, porém, o inesperado: logo após a primeira semana de aulas os cursos, nos dois campi, foram suspensos devido à incidência, cada vez mais forte, da avassaladora pandemia de Covid-19, provocando uma frustração enorme da Coordenação do curso, em alunos, alunas e corpo docente. Tentou-se, de alguma forma, manter o curso por meio dos recursos da internet, mas não houve adesão do segmento discente, para o qual o fator presencial era preponderante, indispensável.
Mesmo assim, a Coordenação conseguiu organizar Mesas Redondas, com a participação generosa de docentes, tratando de temas significativos para o momento, viabilizadas pela TVPUC, possibilitando o acesso a toda a comunidade! Com essa mediação, ocorreu também a celebração do “Dia da Pessoa Idosa”, com depoimentos tocantes de alunos no enfrentamento da Pandemia. No cotidiano, o grupo da UAM no WhatsApp – composto pela Coordenação e pelos Representantes de Turmas (que repassavam as mensagens para seus colegas de classe), alimentou – como continua a alimentar – toda a comunidade, solidificando vínculos.
Foram dois anos muito difíceis para todos os envolvidos, pois a Universidade Aberta à Maturidade representava não só um processo de reciclagem e atualização de conhecimentos, mas um canal importante em termos de autoestima, autoimagem, melhor relacionamento familiar e integração social. Mas, felizmente, com o arrefecimento da pandemia, no primeiro semestre de 2022 foi proposta a volta do curso junto à Pró-Reitoria de Educação Continuada – PROEC e as matrículas foram abertas. Todavia, com o receio ainda presente de contágio da doença, um número pequeno de interessados voltou a procurar a UAM e poucas turmas se formaram, mesmo com a disposição da PROEC em viabilizar classes com poucos alunos.
No segundo semestre de 2022, a demanda ainda foi pouco expressiva, embora tenham sido constituídas quatro turmas, inclusive uma turma de novos alunos. Já no despontar de 2023 ocorreu um interesse maior e foi possível formar cinco turmas (três com a volta de antigos alunos, uma turma de Fase II e uma turma de Fase I (iniciantes).
Agora, a Coordenação do curso, formada por mim – Prof. Antônio Jordão Netto (Criador e Coordenador Técnico) e pela Profª. Marília Josefina Marino (Coordenadora Acadêmica), antevendo um segundo semestre mais promissor, espera uma volta maior de interessados, tanto de veteranos, como de novos discentes. Mas, para isso, dependerá de uma ampla divulgação da própria PUC-SP, pelos recursos disponíveis da Instituição, como, principalmente, pela chamada divulgação boca a boca, que deve ser feita tanto pelos alunos veteranos que voltaram, como pelos alunos recém vindos.
Assim, para mais um retomada vitoriosa do curso, é preciso que tanto a PROEC como os alunos e alunas ponham mãos à obra para que a UAM cresça exponencialmente nos próximos anos e volte a ser o grande projeto educacional que representou nas suas décadas iniciais, significando não só uma conquista para as pessoas maduras interessadas, como um verdadeiro projeto de utilidade pública, atendendo a todos os projetos e à política social, voltados para o segmento de maior crescimento demográfico do Brasil.
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