Selecione abaixo a informação que deseja visualizar.

Página Inicial
Curso da UAM
História do Jornal
Quem Somos
Crônicas
Astrologia
Aspectos Biopsicossociais
Com a Palavra o Professor
Gente Notável
Entrevista
Eventos & Notícias
Palavra Poética
Sabor & Saber
Turismo
Curiosidades
Caça-palavras
Cultura & Lazer
Carta do Leitor
Edições Anteriores
Videoteca
Galeria de Imagens
Fale Conosco
  Cadastre-se

 

 

  Página inicial  

Conheça Melhor seu Stress


Por Luis Picazio Neto*

A palavra “Estresse” vem do inglês “Stress”. Hans Selye (médico) transpôs este termo para a medicina e a biologia, significando esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras à sua vida e ao seu equilíbrio interno.

Mas, cada indivíduo responde a ele de forma ímpar, embora as alterações bioquímicas envolvidas sejam quase sempre as mesmas. Por exemplo: Uma imensa plateia para um indivíduo pode provocar um imenso stress, desequilíbrio, descontrole e para outro pode ser algo excitante e prazeroso.

Sempre que falamos de stress estamos também falando de instintos primários de luta ou de fuga. Logo, se conhecermos melhor o porquê nosso cérebro dispara esses mecanismos, podemos melhor entender para melhor controlar. Muitas vezes, esses mecanismos são disparados para nossa preservação, mas nem sempre nós estamos em luta ou em fuga. Sentimos apenas todo desconforto que isso nos causa, como vemos com muita frequência nos transtornos fóbicos, na síndrome do pânico e no stress pós-traumático.
Diante de um perigo real ou interpretado pelo nosso cérebro, são disparados vários hormônios como adrenalina e cortisol (entre outros), que são secretados pelas glândulas suprarrenais (em cima dos rins) e servem para modular todas essas reações entre o meio externo e o interno.

Esta é a verdadeira função do medo: possibilitar que eu cheque a situação real, o que posso fazer frente a esse desafio. A isto chamamos de eustresse (o bom stress) que estimula e motiva a pessoa a lidar com situações de forma mais focada, podendo se superar, alcançar objetivos, metas, muitas vezes até mesmo se superar (p.ex., ter um bebê, vencer uma prova, uma competição, conseguir um novo emprego etc.).

Já o distress (mau stress) intimida, paralisa, acovarda, leva o indivíduo a um prejuízo físico, mental, econômico, familiar, profissional, podendo gerar doenças crônicas, dores, depressão, ansiedade, entre outras patologias.

Hoje, também, muito se fala sobre a síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional. Foi assim denominada pelo psicanalista novaiorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início de 1970, como um tipo de estresse de caráter persistente vinculado a situações de trabalho, resultante da constante e repetitiva pressão emocional associada a intenso envolvimento com pessoas por longos períodos de tempo.

Como se pode observar, tanto o bom quanto o mau stress nos acompanham em todos os aspectos de nossa vida.
Segundo William James, a maior descoberta de sua geração “é que os seres humanos podem modificar suas vidas apenas mudando suas atitudes mentais”.

Para isso, é muito importante que você:


- Conheça o que lhe gera stress. Faça o stress atuar a seu favor e não contra você.

- Conheça todas as respostas que são disparadas - boas e ruins - em seu organismo no momento de stress.


- Analise como você pode lidar com essa situação, todas possíveis estratégias que você já possui e todas que você ainda necessita desenvolver para lidar com seu stress.


Como no caso de uma plateia, conheça a fundo sobre o que você vai falar ou apresentar – isto gera segurança. Conheça sua plateia, quem são as pessoas, o que buscam e para que estão ali. Treine sua apresentação, sua fala, o assunto que você irá abordar. 

- Controle sua mente, seus pensamentos e seu corpo. Lembre-se, você é “humano” e o stress é uma resposta existente na vida de todo ser vivo.


- Tente evitar substâncias como tabaco, café, chás, chocolates, refrigerantes, excesso de sal e açúcares.


- Pratique esportes, tome muita água.


- Planeje seu dia com certa antecedência.


- Faça sempre pequenos intervalos ocasionais para alongar, caminhar ou apenas se aquietar e tirar um rápido cochilo.

- Faça regularmente exercícios físicos. Técnicas de respiração (diafragmática), exercícios como pilates, yoga, meditação, tai-chi-chuan, caminhadas, são muito indicados e com excelentes resultados, a curto, médio e longo prazo.

- Durma bem.

- Alimente-se bem.

- Ouça música que lhe traga paz, boas sensações físicas e mentais.


- Saiba buscar ajuda de um profissional, quando precisar. Ele está apto para lidar com isso.


- Seja ousado, conheça locais novos, coma novos pratos, busque novos hobbies, mude sempre sua rotina, não tenha medo do desconhecido.

E como já falamos, o equilíbrio não se dá em apenas um aspecto de sua vida, ele não é uma mágica, ele pode ser real, duradouro, mas será apenas resultado de um longo trabalho.
 

(*) Luis Picazio Neto é psicólogo clínico e hospitalar.
Professor da Universidade Aberta à Maturidade (UAM) da PUC-SP

 
 
Edições Anteriores
Edição Nº 29

 

* Os artigos publicados no jornal Maturidades são de inteira responsabilidade dos autores
(que exprimem suas opiniões e assinam seus artigos) devendo ser encaminhada
a estes toda e qualquer sugestão, crítica ou pedido de retratação.
       
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo • PUC-SP - Design DTI•NMD - 2016